Ciro Nogueira (Progressistas) e Antônio Rueda (União Brasil) se recusaram a firmar qualquer acordo com Flávio Bolsonaro na reunião da noite desta segunda-feira (8) e informaram que apenas levarão aos seus partidos a intenção de que ele concorra à Presidência em 2026. Um cacique do Centrão informou que “é muito cedo” e “muita coisa pode acontecer” e diz que no jantar Flávio não mostrou viabilidade política para ser candidato.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) declarou que a candidatura de Flávio “é para valer” e que o PL já começou a estruturar a pré-campanha. Segundo ele, o encontro teve como objetivo apresentar o “projeto de país” de Flávio e formalizar o pedido de apoio.
Ainda assim, o que se firmou ao sair da reunião foi apenas cautela — o Centrão não fechou compromisso.
Nogueira e Rueda disseram que vão levar a proposta para suas bancadas internas, sem definir adesão imediata. Marinho admitiu que, apesar de haver “receptividade”, o apoio não está consolidado.
Além disso, o bloco já demonstra preferência por outro nome: Tarcísio de Freitas é visto por muitos líderes como a aposta principal da centro-direita para 2026.
Mas, diante de incertezas — inclusive com a hesitação de Tarcísio em aceitar disputar a Presidência —, o Centrão tem mantido em segundo plano a candidatura de Ratinho Júnior como “plano B”. Esse nome é considerado viável, com bom desempenho nas pesquisas e uma alternativa que poderia unir diferentes alas do centro-direita.