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MP do RS cria glossário para decodificar linguagem jovem em redes sociais

O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul desenvolveu um glossário com o objetivo de auxiliar pais e mães a identificarem códigos e linguagens secretas utilizados por crianças e adolescentes em redes sociais que podem esconder mensagens de ódio, violência ou até mesmo a prática de crimes.

Muitas publicações em redes sociais podem conter sinais de alerta que a maioria das pessoas não percebe. O dicionário elaborado pelo MP conta com 350 palavras e termos que podem estar ligados a discursos de ódio e violência.

Entenda os códigos e o alerta do MP

Entre os termos catalogados no glossário, estão siglas preocupantes que circulam nas plataformas digitais:

  • LULZ: Significa "automutilação".
  • TCC: Indica "idolatrar assassinos em massa" (apologia a mass shooters).
  • HSN: Representa grupos neonazistas.

O promotor de Justiça Marcio Abreu Ferreira da Cunha destacou a preocupação com a circulação de material ilegal, citando o uso de códigos para contornar a moderação das plataformas. O termo "CP", abreviação de child pornography, por exemplo, está sendo substituído por emojis, como uma "xícara de café", para evitar a detecção.

"CP que é uma abreviação de child pornography e algumas variações, a gente já encontrou, por exemplo, emojis para não utilizar as siglas CP, eles utilizam uma xícara de café", afirma Marcio Abreu Ferreira da Cunha.

Ações recomendadas para pais e escolas

O promotor de Justiça de Alvorada, Leonardo dos Santos Rossi, reforça a importância da atuação dos pais na fiscalização e no diálogo com os filhos.

Ele aconselha que os pais assumam o papel de pai, peguem o telefone do filho e procurem conversar para entender a situação. A partir dessa conversa, a família deve buscar atendimento psicológico. Em situações mais graves, o promotor orienta a procurar o Ministério Público ou a Polícia Civil.

Em escolas particulares de Porto Alegre, o tema do uso seguro das redes sociais já é abordado em sala de aula, como forma de prevenção. A estudante Maria Fernanda Sulzbach, de 10 anos, relata que denunciou uma pessoa estranha que a chamou em uma rede social.

A jornalista Aline Albrecht, por sua vez, compartilha que a prevenção é feita em casa com muito diálogo, além de manter as portas dos quartos abertas como um símbolo de transparência e comunicação familiar.

Fonte: Band.
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