
A investigação da polícia civil sobre o triplo assassinato de uma família, no interior do Rio de Janeiro aponta que a garota de 15 anos, que namorava de forma virtual o adolescente de 14 que matou, pai, mãe e irmão de três anos, influenciou de maneira cruel o menino.
Além de receber imagens da execução em tempo real pelo celular, a menina teria sugerido que o namorado colocasse a arma usada nas mãos do irmão caçula para confundir a perícia.
A polícia conseguiu recuperar as conversas entre eles. A adolescente disse que o relacionamento poderia acabar caso o namorado não "fosse homem o suficiente". Ela também pressionava por encontros presenciais e sugeriu formas de conseguir dinheiro após o crime. Os dois chegaram a discutir como vender os bens dos parentes e acessar o fundo de garantia.
O crime aconteceu depois deles serem proibidos de viajar para se encontrar. A distância entre o interior do Rio e a cidade do Mato Grosso onde vive a menor chega a quase dois mil quilômetros. O menino esperou a família dormir, pegou a arma no travesseiro do pai e disparou na cabeça de todos, depois ainda jogou os corpos na cisterna da casa.
Em depoimento, o adolescente confessou o crime e não demonstrou arrependimento. Já a menina foi ouvida no mato grosso, ficou abraçada em um ursinho de pelúcia e deu a entender que foi coagida pelo namorado.
Os dois se conheceram na internet, em um jogo de terror psicológico, com foco na relação perturbadora entre dois irmãos, que fazem incesto e matam os pais. O jogo já foi proibido em países, como a Austrália. O adolescente está apreendido, no Rio de Janeiro. Já a menina também está detida, no Mato Grosso.