Gominho, melhor amigo de Preta Gil, revelou detalhes de como foi o fim da vida da cantora, morta aos 50 anos em julho. Segundo o apresentador, ela cogitou passar pelo procedimento de morte assistida, quando uma pessoa em estado terminal decide encerrar a vida. O processo é proibido no Brasil, mas é permitido em outros países, como a Suíça.
Segundo Gominho, ela ficou dividida entre fazer o tratamento experimental nos Estados Unidos ou fazer o suicídio assistido. "Ela teve a possibilidade do tratamento lá fora, que é uma coisa que nem todo mundo tem. Na época, ela ficou se questionando muito. Ela falou: 'não sei se eu faço, não sei se eu paro tudo, eu não sei se eu faço o suicídio assistido'. Ela cogitou", disse ao "Sem Censura", da TV Brasil.
O apresentador disse que desaconselhou Preta Gil. "Eu falei: 'amiga, bora gastar esse dinheiro, querida. Se tem essa tentativa [de tratamento] lá fora, vamos para Nova York, sim'. E aí ela foi", disse.
Ele relata que ao parar o tratamento por 10 dias por conta de uma infecção, o médico afirmou que não teria mais o que fazer. "Aí ela se entregou. Fechou o olho, parou de falar e só mexia a cabeça. Estava só esperando o aval. Para mim, ela se entregou. Eu só pedia para Deus levá-la", relatou.
Gominho relembrou como foi o último encontro com Preta Gil. "Eu estava indo embora, e ela pegou minha mão, assim, me olhou com um olhar… que ali, naquele olhar... eu fechei a porta do quarto e chorei 10 dias", disse, emocionado.
Câncer de Preta Gil
A cantora tratava um câncer no intestino desde 2023, que voltou em agosto de 2024 em metástase em quatro locais diferentes do corpo. Neste ano, Preta Gil começou o tratamento contra cânceres em dois linfonodos, peritônio e um nódulo no ureter.
Em busca de um tratamento oncológico, Preta Gil chegou a visitar médicos em Nova York, nos Estados Unidos, já que a quimioterapia convencional não surtira efeito. A cantora também passou por uma cirurgia de retirada de tumores em 19 de dezembro, com previsão de duração de 18 horas.