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Brasil começa a produzir primeira vacina de dose única contra a dengue

O Brasil acelera a produção da Butantan-DV, a primeira vacina contra a dengue desenvolvida e fabricada integralmente no país. O imunizante é produzido no complexo industrial do Instituto Butantan, em São Paulo, onde equipes se revezam 24 horas por dia na fabricação. Após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada, o Ministério da Saúde iniciou o processo para incluir a vacina no Calendário Nacional de Vacinação.

Um dos maiores diferenciais da vacina brasileira é o seu regime de dose única, conforme indicado pelos estudos realizados até o momento. Essa característica facilita a adesão e o cumprimento do esquema vacinal no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Butantan-DV foi aprovada inicialmente para imunizar pessoas com idade entre 12 e 59 anos.

O Processo de Fabricação no Butantan

A produção da Butantan-DV ocorre em um parque industrial dedicado à fabricação de vacinas dentro do Instituto Butantan. A reportagem acessou a linha de produção, uma área restrita que exige protocolos sanitários rigorosos.

A primeira etapa do processo é o cultivo. Em um “banco de células”, os quatro tipos de vírus da dengue que compõem o imunizante são inseridos. Antonio César Pereira da Silva, diretor técnico de produção, explica que os vírus se multiplicam dentro dessas células. Uma quantidade pequena de vírus é colocada nos frascos e, após um tempo de incubação, a quantidade aumenta para o volume necessário para a formulação da vacina.

Em seguida, o material é submetido a vários processos de purificação até resultar no Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima do imunizante. Na etapa seguinte, os quatro tipos de vírus são misturados, e a vacina segue para a embalagem. Cada vidrinho corresponde a uma dose do imunizante.

Próximos Passos e Cronograma

A expectativa é que a vacina brasileira contra a dengue comece a ser distribuída nos postos de saúde do país em 2026.

Apesar da aprovação inicial para a faixa etária de 12 a 59 anos, o Instituto Butantan não encerra os estudos. No ano que vem, 2026, devem ser iniciados os estudos para incluir a população entre 60 e 79 anos na cobertura vacinal.

Fonte: Band.
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