
Um brasileiro foi um dos primeiros visitantes a entrar no velório do papa Francisco, aberto ao público na manhã desta quarta-feira (23) na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Em entrevista à Band, ele contou que a “experiência foi muito impactante” e detalhou os momentos em que esteve próximo do caixão.
“Minha experiência foi muito impactante. Consegui entrar na fila no final no translado do corpo do Santo Padre, fiquei cerca de 20 a 30 minutos e fui um dos primeiros blocos a entrar. A gente chega, passa pelo centro da basílica e no final vê o corpo. É um momento de muita oração e certeza da ressurreição dele como nosso futuro santo da Igreja. É muito emocionante. A gente consegue parar, rezar e voltar à praça”, disse o estudante Matheus Tavares.
Segundo ele, cada visitante tem cerca de 1 minuto para visita. “Tem que fazer rapidamente. Você vai devagar, faz uma oração rápida, tira foto para registrar e pode até fazer uma oração na capela ao lado. Depois é direcionado para fora”, completou.
A organização espera receber mais de 1,3 milhão de pessoas até o final do velório, na sexta-feira (25). Em seguida, no sábado (26), cerca de 250 mil devem participar da missa principal de despedida do papa Francisco, além de 200 chefes de Estado. Depois da celebração, o caixão irá para a basílica de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.
Conclave
O conclave, que escolherá o novo líder da Igreja Católica, deverá começar após os 9 dias de luto. Alguns cardeais já estão no Vaticano.
Nesta terça (22), eles se reuniram para alinhar os últimos detalhes do funeral de Francisco, chamados de “congregações gerais”. Os encontros também servem para debater questões que serão enfrentadas pelo futuro papa.
Apesar de não ser parte do conclave, as reuniões também ajudam a medir a força de eventuais candidaturas, uma vez que participam todos os cardeais, não só aqueles que têm direito a voto.
Últimos momentos de vida
Segundo o Vaticano, entre suas últimas palavras, Francisco agradeceu seu enfermeiro Maximiano Strapecchi e disse: "Obrigado por me trazer de volta a praça", em alusão ao encontro final com os fiéis no Domingo de Páscoa.
O papa deu adeus com as mãos ao enfermeiro e logo depois entrou em coma. De acordo com relatos, Francisco teve uma morte discreta, quase repentina, e não sofreu.