
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS, a Conitec, recomendou barrar a inclusão das canetas emagrecedoras da Wegovy e Saxenda no SUS para o tratamento da obesidade. Os remédios, semelhantes ao Ozempic, são produzidos com semaglutida e liraglutida.
Em reunião do Conitec no último dia 8, a comissão avaliou o pedido de inclusão da semaglutida para o tratamento da obesidade de graus dois e três em pacientes sem diabete com mais de 45 anos e doença cardiovascular.
A recomendação foi encaminhar a questão para consulta pública, mas com parecer desfavorável. Já no caso da liraglutida, que é componente da Saxenda, a comissão avaliava o uso para tratamento de obesidade e diabete mellitus 2. O parecer foi o mesmo da semaglutida.
Uma das justificativas para o parecer desfavorável foi o custo das canetas. Ao fazerem uma análise do custo financeiro, a reunião indicou que a inclusão do Wegovy representaria um gasto entre R$ 3,4 bilhões a R$ 7 bilhões.
O Conitec também argumentou que para a utilização desses medicamentos, é preciso de um acompanhamento especializado, como psicólogos e mudanças no estilo de vida, o que poderia dificultar a implantação no SUS.