A segunda parcela do décimo terceiro corresponde à metade do salário bruto. No entanto, nessa etapa são aplicados os descontos obrigatórios da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
Ambos utilizam alíquotas progressivas, que variam de 7,5% a 14%, conforme a faixa salarial do trabalhador.
Por conta desses descontos, o montante líquido recebido nessa prestação final costuma ser menor que o valor da primeira parcela do décimo terceiro, que é paga sem qualquer dedução.
Essa diferença é importante para o planejamento financeiro, especialmente para quem depende desse reforço orçamentário no fim do ano.
Para entender qual o valor da 2ª parcela do décimo terceiro, os passos são simples:
- Calcule o valor total do décimo terceiro: divida o salário bruto por 12 e multiplique pelo número de meses trabalhados no ano;
- Divida essa quantia por dois: esse é o valor bruto de cada parcela;
- Aplique os descontos: na segunda parcela, subtraia os valores referentes ao INSS e ao IR, conforme as faixas de tributação.
Diferenças entre a primeira e a segunda parcela
Embora ambas façam parte do mesmo benefício, há diferenças entre a primeira e a segunda parcela do décimo terceiro e é importante conhecê-las para melhor se planejar. Para reforçar as particularidades de cada uma das etapas de pagamento da gratificação anual, confira o quadro abaixo:
- Primeira parcela - 50% do salário bruto
- Segunda Parcela - 50% do salário bruto, subtraído da contribuição para o INSS e desconto de Imposto de Renda
O que fazer com a segunda parcela do décimo terceiro
Ao receber a segunda parcela do décimo terceiro, há a oportunidade de usar esse reforço de forma estratégica e organizar as finanças. Por exemplo, é possível quitar dívidas que estão acumuladas e já resolver as contas do início de ano, como IPVA, IPTU e matrícula escolar.
Além disso, quando há antecipação, vale a pena fazer um planejamento financeiro de médio prazo que ajude não apenas a equilibrar despesas do segundo semestre, mas a evitar o endividamento. Aliás, para se planejar é essencial entender conceitos como o de gastos essenciais que podem indicar uma necessidade de ajustar ou mesmo cortar despesas recorrentes.
Por fim, o décimo terceiro pode também ser aproveitado em parte para investimentos futuros, como a criação ou o reforço de uma reserva de emergência. Nesse sentido, é interessante buscar opções acessíveis que ofereçam segurança e rentabilidade, como os títulos de renda fixa.