Os 133 cardeais que vão participar do Conclave, escolha do novo Papa, já estão em Roma para a votação. O confinamento dos religiosos será iniciado na quarta-feira (07). Eles não podem ter nenhum contato com o ambiente externo, ou seja, é proibido o uso de celulares, leitura de jornais e revistas, rádio, televisão e troca de correspondência.
Para ser o ocupante do trono de São Pedro, é preciso conquistar, no mínimo, dois terços dos votos do colegas, que precisam ter menos de 80 anos para poder votar.
O processo é secreto e termina quando a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina. A votação não tem data para terminar, mas especialistas acreditam que uma definição seja divulgada até o final de semana.
O vaticanista e professor de Relações Internacionais da FAAP Igor Alves , o sucessor de Francisco deve ser escolhido até o fim da semana:
"Os conclaves têm durado menos, dois, três, quatro dias. É claro que existem conversas que já estão acontecendo entre os cardeais, mas, a gente precisa lembrar que muitos deles estão se vendo pessoalmente pela primeira vez e isso pode fazer com que o conclave dure mais do que o do Papa Francisco, que durou dois dias."
Nas casas de apostas europeias, o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário do Vaticano, segue aparecendo como favorito.
Dois asiáticos também são bem cotados: os filipinos Luis Antonio Tagle e Pablo Ambo David, defensor dos direitos humanos e voz firme contra os casos de abusos sexuais da igreja.