
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) quer descobrir quem criou e compartilhou nas redes sociais conteúdo relacionado ao chamado "desafio do desodorante" que, segundo a família, causou a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, em Ceilândia. A menina foi sepultada na tarde da última segunda-feira (14).
Sarah estava internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) desde a última quinta-feira (10) e morreu no último domingo (13). Segundo a Polícia Civil, ela foi encontrada em sua casa, desmaiada, segurando um frasco de desodorante aerossol.
O "desafio do desodorante" consiste em inalar o produto pelo maior tempo possível. A prática tem sido reproduzida por crianças e adolescentes que gravam vídeos para redes sociais, que alcançam milhares de visualizações.
Especialistas alertam que o aerossol pode causar sérios danos à saúde se for inalado. A substância consegue penetrar rapidamente nos brônquios, comprometendo a oxigenação. Além disso, há um alto teor de etanol (álcool) em qualquer tipo de desodorante.
A morte de Sarah é a segunda de uma criança brasileira associada à divulgação do chamado Desafio do Desodorante em apenas um mês. Em 9 de março, Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, faleceu no Hospital Municipal Dr. Miguel Arraes, em Bom Jardim (PE), a cerca de 100 quilômetros de Recife.