Com uma máscara de silicone hiper realista, um advogado invadiu um apart-hotel e furtou relógios de luxo em Niterói, no Rio de Janeiro. A polícia do Rio de Janeiro cumpriu, nesta terça-feira (13), mandados de busca e apreensão contra um empresário acusado de ser o mentor do crime.
A polícia classificou a ação do suspeito como uma ação cinematográfica. O crime aconteceu em 7 de fevereiro e foi registrado por câmeras de segurança. O homem de camisa verde chega para mais um dia de trabalho e mais de oito horas depois ele sai do prédio.
Mas agora, veste terno e está careca. É que ele usa uma máscara de silicone realista, vendida pela internet por até R$ 4,2 mil.
O homem é Luis Maurício Martins Gualda, advogado criminalista que pega um táxi direto ao apart-hotel. No corredor, ele passa falando ao telefone e sobe até o sexto andar, onde arromba uma porta e consegue entrar no apartamento. Cerca de 16 minutos depois, ele deixa o imóvel com dez relógios de luxo dentro da mochila, avaliados em R$ 80 mil, caminha até o próprio carro fora do local e foge.
Para identificar Luis Maurício, os agentes analisaram o comportamento corporal dele. Mas o advogado criminalista foi apenas o autor do crime. Segundo a polícia, o mandante foi o empresário e ex-candidato a vice-prefeito de Niterói em 2020, Alexandre Ceotto André.
Os investigadores chegaram ao nome do empresário após uma operação realizada na semana passada na cidade da Baixada Fluminense. O advogado criminalista foi alvo de busca e apreensão. Ele compareceu na delegacia e confessou o crime.
O empresário foi alvo de operação nesta terça-feira (13). Os policiais apreenderam computadores e celulares em endereços ligados a ele.
Segundo as investigações, Alexandre vendeu o imóvel e mantinha amizade com o atual proprietário. Ele desconfiava que havia cerca de US$ 1 milhão guardados no apartamento.
O empresário conhecia a arquitetura do prédio e passou todas as informações para que o plano desse certo, inclusive detalhes da rotina da vítima, que viajava no dia do crime.
Alexandre e Luis foram indiciados por furto qualificado. Após pedido do Ministério Público, a Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do empresário. Ele é considerado foragido. O advogado vai responder ao processo em liberdade.