
A polícia de Alagoas aguarda exames periciais para determinar a causa da morte da bebê recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, encontrada morta em Novo Lino, em Alagoas, nesta terça-feira (15).
Eduarda da Silva de Oliveira, mãe da criança, foi presa em flagrante. O advogado da família informou que insistiu por muitas horas para que ela revelasse onde o corpo da filha estava, já que ela deu cinco versões sobre o desaparecimento.
O corpo da criança foi encontrado em uma sacola plástica, escondido em um armário na área da lavanderia da casa da família, ao lado de produtos de limpeza.
Segundo o delegado Igor Diego, a mulher apresentou duas versões para a morte da bebê. Na primeira, alegou que a recém-nascida teria se engasgado durante a amamentação. Em seguida, ela alegou que a bebê não parava de chorar há algumas noites e, por conta disso, teria asfixiado a criança.
Após o crime, a mulher teria embalado o corpo da criança, mas não soube explicar como ou por quem ele foi ocultado. A principal linha de investigação aponta que uma terceira pessoa pode ter colocado o corpo no armário durante a madrugada desta terça-feira (15), enquanto a casa estava vazia.
“Esse elemento reforça a possibilidade de que o corpo tenha sido levado posteriormente ao local. A investigação vai continuar para apurar todos os detalhes, inclusive se alguém ajudou na ocultação”, acrescentou o delegado.
A mulher foi autuada em flagrante e deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (16). “A Polícia Científica trabalha para esclarecer os detalhes da causa da morte”, informou a Secretaria de Estado de Segurança de Alagoas.
Mãe deu cinco versões sobre desaparecimento
A mãe que denunciou o sequestro de uma bebê na cidade de Novo Lino, no interior de Alagoas, deu cinco versões diferentes à polícia.
Em um primeiro momento, a mãe contou aos policiais que Ana Beatriz, de apenas 15 dias, tinha sido sequestrada em um ponto de ônibus na BR-101. Segundo o depoimento, ela estava no local com a bebê e outro filho, de 5 anos, aguardando o transporte escolar, quando foi abordada por uma mulher e três homens. Eles teriam apontado uma arma e ameaçado atirar caso ela não entregasse a menina.
A versão, no entanto, foi mudada pela mãe nos depoimentos seguintes, que citou outros supostos locais do crime e outras dinâmicas. O pai estava viajando há cerca de um mês e ainda não havia conhecido a recém-nascida pessoalmente.