A investigação acerca de um caso suspeito de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja localizada na cidade de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, foi descartada, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na tarde desta terça-feira (3).
A segunda atualização do painel de acompanhamento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, às 13 horas, aponta que não houve alteração nos casos notificados com a doença no país - 170 casos, sendo 1 em uma granja comercial, 166 em aves de vida livre e 3 em aves domésticas. A suspeita envolvia galinhas e estava sendo investigada desde o dia 26 de maio. O resultado do exame para a doença foi feito no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), deu negativo.
Nesta terça-feira (3), seis investigações suspeitas continuam em processamento. Não há mais nenhum caso suspeito em planteis comerciais e todas as investigações são de amostras coletads em aves de vida livre e doméstica - três suspeitas são investigadas em aves de subsistência em Quixeramobim (CE), Itajuípe (BA) e Novo Cruzeiro (MG). Há, ainda, outras três suspeitas envolvendo aves silvestres em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Santo Antônio do Monte (MG).
A notificação de casos supeitos é obrigatoria no Brasill A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença de notificação obrigatória imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do País. Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente os casos suspeitos da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura.
Até o momento, apenas um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no País, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. As exportações brasileiras de produtos avícolas foram suspensas por 22 países. Outros 18 compradores restringiram as importações do setor para o Rio Grande do Sul. Japão e Arábia Saudita restringiram apenas os produtos originados em Montenegro (RS).