As investigações sobre a morte do empresário Adalberto dos Santos Júnior, cujo corpo foi encontrado no autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, nesta terça-feira (3), continuam em andamento.
Apesar de uma calça e um par de tênis terem sido encontrados e, inicialmente, considerados como pertencentes ao empresário, a família e a perícia confirmaram que as roupas não eram dele. A causa da morte ainda não foi revelada pela polícia.
As investigações revelaram que Adalberto não saiu do autódromo em momento algum desde que chegou para participar de um evento de motociclismo. O empresário desapareceu na última sexta e foi encontrado quatro dias depois em um buraco de três metros de profundidade dentro do próprio autódromo.
Análises de câmeras de segurança ajudaram a polícia a confirmar que o crime ocorreu no local. Segundo Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, a morte não foi causada por lesões externas ou asfixia.
A principal linha de investigação aponta para um crime, embora haja uma possibilidade mínima de uma fatalidade acidental, dizem os investigadores.
Empresário teria usado maconha e bebido cerveja
Em depoimento, um amigo de Adalberto revelou que os dois haviam tomado cerveja e fumado maconha durante o evento. Segundo o amigo, Adalberto teria ficado “bastante exaltado” e começou a andar pelo local.
Uma nova calça foi encontrada nas proximidades do autódromo e passa por perícia.
Corpo não tinha sinais de violência
O corpo de Adalberto não tinha sinais de violência ou marcas de sangue.
A polícia também conseguiu desbloquear o celular do empresário e encontrou um vídeo feito horas antes do seu desaparecimento.
Além disso, foi relatado que Adalberto estava usando uma câmera acoplada ao seu capacete durante o evento, mas o equipamento ainda não foi localizado.
Polícia vai colher depoimento de trabalhadores da obra e seguranças
Além dos seguranças do evento, a polícia planeja interrogar os funcionários da obra no autódromo, já que o corpo foi encontrado em uma área isolada, acessível somente a esses trabalhadores.
A esposa de Adalberto, que já havia prestado depoimento após o desaparecimento, foi ouvida novamente, juntamente com amigos e conhecidos que frequentavam os mesmos lugares que o empresário.