
Recentemente, o cantor Latino revelou ter feito uma harmonização peitoral usando o PMMA, sigla para o polimetilmetacrilato. Derivada do plástico, a substância é usada para fins médicos e estéticos, mas seu uso gera controvérsias devido aos riscos que ela oferece à saúde.
"Mesmo sendo autorizado pela Anvisa em usos restritos, o PMMA pode causar inflamações, rejeições e até deformidades permanentes se mal aplicado ou usado em excesso", explicou Pamela Lucciola no Melhor da Noite desta quarta-feira (16).
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o PMMA, o Melhor da Noite conversou com a dermatologista e farmacêutica Juliana Rampani. Segundo a especialista, o principal risco da substância à saúde é o fato de que ela não sai naturalmente do organismo, ou seja, ela fica permanentemente na pele da pessoa.
"Isso traz muitos riscos a longo prazo, como infecções, reações inflamatórias, e a gente não consegue retirá-lo do organismo", alerta a médica. "Ele meio que forma uma trama dentro da pele. É um derivado dentro do plástico e foi criado para pequenas correções."
Na medicina, o PMMA é usado principalmente em procedimentos envolvendo traumas na face, em que é preciso fazer ajustes na parte óssea. Em geral, isso é feito em pacientes que sofreram algum tipo de acidente.
Já nos procedimentos estéticos, o PMMA é usado para baratear os custos, uma vez que ele é muito mais barato do que o ácido hialurônico, que também é amplamente usado, mas saí do organismo com o passar do tempo. Por isso, é preciso ficar atento.
"As pessoas que buscam a estética devem tomar cuidado e perguntar ao profissional o que foi injetado, porque muitas pessoas que chegam ao meu consultório não têm conhecimento de que o que foi injetado nelas foi o PMMA", conclui a médica.