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Perda gestacional tardia: o que é e quando pode acontecer?

Durante essa semana duas personalidades públicas comunicaram que passaram por perda gestacional tardia. A jornalista Tati Machado, já estava com 33 semanas de gestação, mais de oito meses, quando perdeu o bebê. Ela chegou a procurar o hospital quando percebeu que a criança não estava se movimentando na barriga.

De acordo com a assessoria, ela tinha uma gravidez saudável e as causas da morte ainda são investigadas. A situação da atriz Michelle Machado também foi semelhante, na reta final da gestação ela percebeu a diminuição dos movimentos do bebê.

À reportagem da BandNews FM, a médica ginecologista e obstetra Larissa Cassiano explicou que esse deve ser um sinal de alerta para qualquer gestante:

Depois de 28 semanas tem que sentir o bebê mexer todos os dias.  No começo, realmente, você não vai sentir tão claro. Depois de 28 semanas não tem justificativa. Então, o que é o ideal? Se alimenta, põe a mão na barriga, relaxa um pouco, deita, para conseguir sentir os movimentos do bebê. A alimentação é um estímulo para o bebê e o bebê tem que mexer. Então, em duas horas você tem que sentir mais ou menos 10 movimentos. Não está sentindo o bebê mexer, isso é o alerta e não tem dúvida de esperar. Não sentiu mexer é direto para o pronto-socorro.

A Organização Mundial de Saúde classifica como perda gestacional tardia aquelas que acontecem depois de 22 semanas, cerca de cinco meses e meio, e não é tão raro como se imagina: são cerca de dois milhões de casos por ano no mundo inteiro.

Entre as principais causas: diabetes, pré-eclampsia (pressão alta ligada à placenta), trombofilia e infecções.

É comum que a preocupação das gestantes se concentre no primeiro trimestre e, inclusive, muitas aguardam as 12 semanas para contar oficialmente para amigos e familiares. Há uma explicação cientifica para isso, segundo a Dra. Larissa:

 Até 12 semanas, a gente tem uma possibilidade de perda gestacional que é uma a cada cinco gestantes. Depois, mais pra frente na gestação, essa possibilidade é muito pequena. A gente costuma falar que, estatisticamente, é de 10 gestantes a cada mil. O que que acontece nesse começo de gestação? Muitas alterações genéticas, o bebê consegue evoluir até um certo ponto, depois ele não consegue evoluir mais, então, a gente tem uma possibilidade grande de perda. Alterações cardíacas, neurológicas, que não são compatíveis com a vida. Geralmente o embrião consegue se formar, mas não consegue seguir a gestação.

A Carolina Benjamin passou pela mesma situação, ela teve diabetes gestacional, mas estava controlada. A baixa movimentação do bebê chamou atenção nas 34 semanas, ela foi ao hospital, ficou internada e um parto de emergência teve que ser realizado, mas a criança já havia falecido no útero:

Sempre esperamos uma perda no início, nas primeiras semanas que é o maior risco. Foi, assim, avassalador para mim, para minhas famílias, para o meu marido. Não tem nem palavras que possam mensurar o tamanho da dor que a gente sente. Ver tudo pronto, todas as coisinhas compradas e não voltar com nosso filho pra casa.

Infelizmente, o diagnóstico do que levou a essa perda demora e, muitas vezes, pode até não ser fechado, como aconteceu com a Carolina. A mãe passa por uma série de exames e o corpo do bebê também, em uma tentativa de descobrir essa causa e evitar novas perdas.

Fonte: Band.
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