Priscila Fantin, conhecida por papéis marcantes como Serena em “Alma Gêmea”, está longe das novelas desde 2016. Aos 42 anos, ela compartilha, com mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais, sua jornada de autodescoberta, rotina com a família e os caminhos profissionais que tem escolhido.
Priscila viveu seu auge na primeira década do século. Após o início em “Malhação”, teve papéis de destaque em “Esperança” (2002) e “Chocolate com Pimenta” (2003). Em seguida, Fantin continuou a parceria com Walcyr Carrasco, em “Alma Gêmea” (2005) e “Sete Pecados” (2007). Ela ainda fez “Tempos Modernos” (2010), participações em “Malhação” e “Boogie Oogie” e interpretou Diana, em “Êta Mundo Bom!” (2016).
O nome de Priscila Fantin voltou aos holofotes quando ela venceu a edição de 2023 do Dança dos Famosos, após apresentações de tango e samba.
Durante o carnaval deste ano, a atriz contou que tem se dedicado a outros projetos: “Desde a última novela que fiz comecei a ter autonomia sobre os meus trabalhos, desenvolvi projetos pessoais, como uma peça. Hoje, o que mais priorizo na minha vida é a saúde mental”, explicou a atriz a Isto é.
Fantin é mãe de Romeu, de 13 anos, e casada com o também ator, Bruno Lopes. Eles estão juntos há sete anos, e nesse período, ele não só assumiu o relacionamento com a famosa, como também assumiu a paternidade do filho dela.
Depressão
Em 2011, a artista começou a lidar com depressão e chegou a recusar papéis. "Comecei a ter pânico, mania de perseguição, não conseguia pegar elevador. Tinha medo do mundo. Parei para pensar e comecei a ter esses sintomas. Estava achando tudo estranho e falei: 'Vou sair de onde me conhecem pra ver se é isso", contou ela no podcast Desculpa Alguma Coisa, em janeiro.
Fantin, então, resolveu passar um tempo na França. "Tinha uma passagem para Paris que ia vencer e, então, eu fui para ver se lá eu me sentiria melhor. Mas não rolou. Era muito estranho o ambiente", revelou.
Ela chegou a trabalhar como garçonete durante o tempo em que morou no exterior. "Fiquei feliz que trabalhei como garçonete, foi muito legal. Eu tinha uma amiga que estava no Egito, então, eu deixava meu Skype ligado à noite para ter contato, porque eu estava com medo, não sabia o que ia acontecer comigo", relatou.
"Estava muito pessimista com a vida, tentando entender tudo. Por que estamos aqui nesse mundo? Qual a função de cada um? Eu tinha esses questionamentos. Falando com minha mãe um dia, decidi voltar", relembrou Priscila.
Anos depois, Priscila Fantin voltou para a televisão. A última novela dela foi “Eta Mundo Bom”. No ano passado, a famosa contou que daria palestras motivacionais, e mais uma vez, falou sobre a doença:
"A depressão é crônica, não tem cura. A gente tem que ficar sempre cuidando mesmo. Eu lido com ela diariamente, eu lido com ela com atenção, com carinho, com paciência. Tem que entender, respeitar, entender os processos, entender que às vezes existem déficits químicos, fatores climáticos, hormonais, enfim, tem muitas coisas que influenciam", avaliou.
"É uma doença muito complexa. A importância de falar sobre isso é que as pessoas que têm depressão não gostam de ter depressão. A gente não tem um Raio-X, uma ressonância magnética para mostrar a dor que a gente sente ou o vazio que tem dentro da gente. Então, o que normalmente a gente tem é uma dor existencial. Não existe um exame que a gente mostre isso para as pessoas entenderem, então, é muito complicado a gente falar sobre a nossa doença. É importante dar as mãos", declarou Priscila.
Priscila Fantin no cinema
Em 2008, a atriz fez sua estreia no cinema com o longa-metragem “Orquestra dos Meninos,” onde interpretou a nordestina Creuza, que lhe rendeu a indicação de Melhor Atriz Coadjuvante, no Prêmio Contigo de Cinema.
Em 2014, após quatro anos afastada, retornou as novelas, vivendo Raquel em Malhação. Também esse ano, retornou às telas de cinema protagonizando o longa “Jogo de Xadrez”. Por conta de sua atuação, Priscila foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz no Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF).
No filme, Mina (Priscila Fantin) está presa por fraudar a Previdência Social e, além de se defender das outras detentas, precisa escapar da vigilância do diretor da penitenciária (Tuca Andrada). O crime envolveu um senador (Antonio Calloni), que tenta, de todas as formas, impedir que sua participação venha à tona. A produção está disponível para assistir de graça na plataforma de streaming da Band, o Bandplay. É só se cadastrar e dar o play!
Depois disso, Fantin ainda participou dos filmes “Doidas e Santas”, interpretando a professora Carol, e “Partiu América”, como Maria Caranguejo.