
Com a morte do papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), o Vaticano passa a adotar uma série de protocolos ligados ao processo fúnebre e à escolha de um novo chefe da Igreja Católica no conclave. Durante esse período, conhecido como a Sede Vacante, a Sé Apostólica, a sede da Igreja de Roma, passa a ser administrada pelo Camerlengo, um cardeal que exerce uma função parecida com a de assistente do papa.
Atualmente, o posto de Camerlengo é ocupado pelo cardeal irlandês-americano Kevin Farrell. Ele está na função desde fevereiro de 2019 após a morte do cardeal francês Jean-Louis Tauran.
Entre as funções do camerlengo está a organização da transição durante a Sé Vacante, o período em que a Igreja Católica fica sem um pontífice. Ele também é responsável por atestar a morte do papa, o que depois é comunicado aos fiéis. Tradicionalmente, a verificação do óbito é feita quando o Camerlengo dá três batidas com um martelo de prata na cabeça do pontífice, enquanto fala o nome dele.
Além de ter que constatar a morte do pontífice, o Camerlengo é o responsável por lacrar a residência e o escritório papais, dentro do Vaticano. O objetivo é garantir que nada seja removido ou alterado nesses espaços até que um novo papa seja eleito e possa tomar posse.
Também cabe ao camerlengo ajudar a organizar o Conclave, que é a eleição para o novo papa. Pelas normas da Igreja Católica, a votação deve se iniciar em até 20 dias após a morte de Francisco.
Além disso, quando o papa morre, quase todos os religiosos que ocupam cargos na cúpula do Vaticano deixam suas funções, como o Cardeal Secretário de Estado e os responsáveis pelos departamentos do governo, chamados de Dicastérios da Cúria Romana.