A jovem Bruna, de 28 anos, encontrada morta depois de voltar da casa do namorado, no último dia 13, tinha planos de se casar e morar no Espírito Santo, segundo o companheiro. Foi com ele que a estudante trocou as últimas mensagens antes de ser morta.
Eram 22h quando ela avisou que tinha chegado no metrô Itaquera e que o último ônibus para casa já havia passado. A estudante, então, escreveu: “vou ter que ir a pé”. Igor aconselhou que ela pegasse um carro de aplicativo.
Bruna disse que não tinha dinheiro, mas o namorado transferiu. A vítima avisou que estava carregando o celular na banca e que esperaria o preço da corrida abaixar. Às 22h19, a estudante escreveu que estava indo, mas Igor não imaginou que seria andando.
“Achei que ela estava indo de Uber. Depois, quando fui ver as imagens, 22h19 ela estava andando lá”, disse.
Dez minutos depois, o namorado de Bruna mandou mensagem perguntando se tinha dado certo. Sem retorno, ele ligou, mas não conseguiu contato. Bruna já tinha sido atacada. Igor ainda enviou uma última mensagem às 23h31.
“Foi um susto muito grande”
A notícia de que a namorada havia desaparecido veio apenas na manhã seguinte, quando familiares de Bruna entraram em contato perguntando sobre a estudante. “Foi um susto muito grande...”, lamentou.
Bruna havia passado o dia na casa do namorado, que fica na região do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Da casa do namorado, Bruna ligou para o pai do filho dela para saber como o menino estava e o rapaz avisou que o deixaria na casa dela com o avô.
A estudante ainda tentou combinar de buscar o filho na manhã seguinte, mas ele disse que não dava. Bruna então precisou ir embora, tinha que chegar em casa até 22h30 que era quando o pai saia para trabalhar.
"Sentimento de culpa"
Igor explica que só não levou a namorada de moto para Itaquera porque estava chovendo. A decisão fez o rapaz ser atacado nas redes sociais.
“É um sentimento de culpa também... tô sendo acusado na internet... a opção foi dela de não tomar chuva”, disse.
O casal estava junto há apenas 4 meses, mas com muitos sonhos pela frente, “nosso sonho era se casar, morar no Espírito Santo...”
“É difícil ver as roupas dela... é um vazio.. às vezes dá uns lapsos como se ela tivesse viva”, lamentou o rapaz.
Segundo ele, Bruna costumava voltar do metrô a pé, mas durante o dia. Pelas imagens, Igor acredita que a estudante acabou morta por lutar contra o criminoso. “Eu acho que ele quis pegar o celular... ele não teve outra opção a não ser.… ou tentou abusar... tampou a boca dela, não sei... eu sei que ela lutou bastante ne?”, comentou.